Parti para Madrid... ...com imensas perguntas às quais sentia que ia encontrar uma resposta, saí com a esperança que mais do que firmes estivéssemos unidos na fé. Completamente aberto ao que Deus queria para mim naquela aventura fui com imensas esperanças. Apercebi-me que a resposta aos meus “porquês” estava certamente na fé e foi nas […]

9 de Setembro de 2011

Testemunhos da JMJ

Parti para Madrid...

...com imensas perguntas às quais sentia que ia encontrar uma resposta, saí com a esperança que mais do que firmes estivéssemos unidos na fé.

Completamente aberto ao que Deus queria para mim naquela aventura fui com imensas esperanças. Apercebi-me que a resposta aos meus “porquês” estava certamente na fé e foi nas ruas de Madrid que percebi isso.

Ver um número enorme de jovem gritar o que significava para eles Cristo fez-me perceber que não há que ter medo de mostrar como somos. E esta era uma das dúvidas que eu levava: Vale a pena mostrar o que sou sem medo da opinião dos outros?

Mas senti-me pequenino quando no metro (sitio de tantas aventuras e onde tantas histórias se passaram) vejo um grupo de chineses a festejarem connosco a fé. Senti-me pequenino, para nós que somos cristãos “quase que por hereditariedade” (como dizia o Padre Manuel Henrique numa das orações) é fácil irmos a uma igreja, é fácil adorarmos a Deus mas para eles que certamente são perseguidos nada disto deve acontecer.

A minha esperança de união foi conseguida, encontrei nos 210 peregrinos da Diocese grandes companheiros de cantorias, brincadeiras e conversas prolongadas. E foi neste grupo que algo que percebi que vale a pena mostrarmos o que somos, que vale a pena expulsarmos toda a alegria e fé que há em nós porque é esse o espírito que as jornadas procuram em nós.
Há alguns episódios que gostavam de partilhar. O primeiro um pouco triste mas que me transmitiu algo muito importante, os quão frágeis são as coisas. Entre brincadeiras uma rapariga que conheci nas jornadas perguntou-me se me podia dar um abraço forte, eu acedi ao pedido mas confuso perguntei o porquê e a resposta não podia ser mais dolorosa, um amigo dela tinha morrido em Portugal nesse dia. Este acontecimento fez-me pensar no quão efémeras as pessoas são e que por vezes elas desaparecem sem que possamos dizer um simples “gosto de ti”.

Realço a união do nosso grupo que acolheu jovens que não vinham na companhia de nenhum outro organismo mas que facilmente se enturmaram, o que é de louvar.

Outra coisa que me deixou a pensar passou-se em Cuatro Ventos. Nem todos tinham levado consigo os sacos cama ou qualquer outra coisa com que se proteger da inesperada chuva. Foi então que vi alguns jovens do grupo de jovens de Fátima juntarem todos os sacos cama de modo a “construírem” um abrigo… Um verdadeiro “a união faz a força”, fez-me pensar que há que partilhar que nós sozinhos podemos não conseguir muito mas juntos podemos construir algo bom e benéfico. Um exemplo de união. Assim como a partilha de sacos cama com aqueles que não tinham pois o calor dos dias anteriores em nada fazia prever aquele frio, assim foi essência a partilha entre nós para que todos passassem uma noite confortável.

Cuatro Ventos foi um verdadeiro encontro com a fé na figura de sua excelência, o Papa Bento XVI, num mundo em que cada vez se nota mais um afastamento entre os jovens e a igreja foi emocionante ver aqueles milhares de jovens unidos e firmes em Cristo.

Mas este testemunho não poderia terminar sem referir os famosos banhos de água gelada que nós mostraram que há que dar valor às pequenas coisas da vida como a água quente com que nos banhamos diariamente e que ali nos foi privada.

As Jornadas Mundiais da Juventude foram assim uma experiência que me mostrou o quão importante é a fé na minha vida e como as respostas que procuramos podem estar em Cristo. E foram ainda um contributo importante para reforçar os meus valores enquanto ser humano.

Ricardo Neto

Bom dia!

Cara comunidade, enche-nos o coração de alegria saber o esforço, dedicação e empenho de todos vós para que esta viagem se concretizasse!

Partimos, peregrinos de coração e espírito cheios de sonhos e expectativas… As Jornadas foram muito mais do que aquilo que poderíamos esperar. Madrid tornou-se num mundo, com os cinco continentes unidos, e de um só idioma: a Fé.

Por vezes sem rumo, optamos pelo fácil e cedemos às dificuldades, mas perdidos em Madrid encontrámos o verdadeiro caminho guiados pelo sucessor de Pedro. Como grupo que somos devemos construir o nosso trilho sobre pedras firmes: coesão, formação, anuncio e oração cimentados pela Fé. Vamos reiniciar com estas pedras nas mãos, impulsionados por esta aventura, esperamos unir-nos a vós, caminhando lado a lado convosco e Jesus Cristo.

A bagagem veio cheia de tesouros únicos e com uma missão: recebemos uma Fé renovada, experiências pessoais e em grupo marcantes, fortificando o elo entre nós grupo e entre nós e a Igreja. Agora há que partilhar esta Fé, evangelizar a nossa família, amigos, comunidade e quem sabe ir um bocadinho mais longe.

Ultrapassadas tormentas, reavivámos o espírito dos nossos antepassados descobridores, encontrámos novos mundos e retornámos, enviados, para mostrar ao mundo o pedaço de conhecimento que encontrámos naquele paraíso passageiro e nos enriqueceu. Cada vez mais “firmes na Fé” e, claro, “enraizados e edificados em Cristo”

En nombre del grupo de jóvenes

gracias y adiós

Grupo de Jovens da Cruz da Areia

Uma experiência de fé única na vida

Com um milhão e meio de outros jovens de todo o mundo respondi ao chamamento e fui às Jornadas Mundiais da Juventude. Não fomos como turistas, mas sim como peregrinos. Fomos dar, receber e partilhar, fomos cantar, orar e reflectir. Mas, essencialmente, fomos para nos tornarmos mais firmes e edificados na fé e em Jesus Cristo.

Como bem sabeis, ninguém dá o que não tem. Se não conhecemos Jesus Cristo não podemos falar dele. Se não rezamos como podemos ensinar a rezar? É dito no provérbio “Bem prega Frei Tomás que bem diz e nada faz”, quando a palavra não tem vida soa a pouco e esta peregrinação resultou muito mais em acções do que em palavras feitas. Não devemos ter medo de falar de Jesus e com Jesus, Ele dá-nos tudo e principalmente, o sentido na nossa vida.

Percebi que Jesus quer seguidores não admiradores e gostar é diferente de amar. Os jovens devem amar Jesus e ter consciência que antes de nós o amarmos já Ele nos amava e que quer para nós o melhor.

Da minha paróquia, para estas jornadas, fui sozinha, não conhecia ninguém. Revelou-se um problema? Sem dúvida que não. Partilhei essencialmente o meu percurso nestas jornadas com um grupo fantástico de jovens da Maceira que me acolheram de braços abertos e com um enorme sorriso na cara. Fiz amigos e conheci ainda mais o amigo comum de todos nós: Jesus Cristo.

Um dos momentos mais marcantes desta jornada foi a catequese com os jovens e os bispos portugueses. Foi bom ver que aquele ânimo e alegria, ali partilhados, podem ser transmitidos para todos os portugueses e que poderemos juntos tornar Portugal um pais melhor e com mais fé.

Foi-nos pedido que no final desta JMJ nos questionássemos. Vim de lá uma melhor pessoa? Talvez, mas sem dúvida, vim uma pessoa diferente. “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na Fé” revelou-se um desafio que se iniciou com estas Jornadas e que espero que permaneça durante toda a minha vida. Acreditar é correr um risco, e como foi dito por Bento XVI “ a opção de crer em Cristo e de O seguir não é fácil”, apesar do calor extremo, das tempestades, das manifestações, da multidão “enlatada”, muito aprendi nesta Jornada e tenho a certeza que estes dias, partilhados com milhares de pessoas, ficarão para sempre na minha memória.

“E a vida não vai parar, vai como vento, tens tudo a dar não percas tempo, podes saber que vais chegar onde Deus te levar”.

Fiz parte de algo grande.

Joana Santos

Agrupamento 1054 de Monte Redondo nas JMJ

Um grupo de 22 escuteiros do Agrupamento 1054 de Monte Redondo, constituído por 2 Dirigentes, 14 Pioneiros e 6 Caminheiros, participou nas Jornadas Mundiais da Juventude, de 15 a 21 de Agosto, em Madrid – um dos maiores grupos participantes da nossa Diocese, que ao todo conseguiu juntar 200 jovens, de entre os cerca de 10.000 participantes de Portugal… e 1,5 milhões de todo o Mundo. Juntos, cantámos e gritámos por Cristo, sem vergonhas nem preconceitos… rezámos na rua… dançámos com pessoas de países que nem sabemos bem onde ficam… trocámos lembranças… resistimos à tempestade e ao sol… chorámos de alegria com o Papa e rimos com o seu bom humor… unimos num só hino Portugal e S. Tomé e Príncipe… e todo o Mundo… e deixámos em Madrid uma pegada de Cristo, sem dúvida inesquecível. Em forma de partilha e agradecimento a todos quantos contribuíram para o nosso caminho, deixamos aqui alguns pequenos testemunhos dos participantes.

Eliana Gomes, Pioneira - Para quem o viveu, sabe que o caminho não começou dia 15 de Agosto, mas sim, a partir do momento em que surgiu a ideia. A ideia de ir às Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), em Madrid. A comunidade pioneira e os caminheiros do agrupamento 1054 de Monte Redondo puseram mãos à obra em busca de um sonho que, dia após dia, foi ganhando forma. Começámos a trabalhar não só nas angariações de fundos, mas também em catequeses que nos prepararam para o caminho, a fim de percebermos melhor o que constituía realmente essa “ideia” e, ainda, para discutirmos vários assuntos de ordem prática e logística.
“Firmes na fé” foi o lema da 26ª JMJ, um encontro de jovens de todo o Mundo com o Santo Padre, onde se partilharam sensações e momentos de oração e comunhão em Cristo a par de uma componente cultural, como visitas a Museus, igrejas, jardins e, ainda, festas e tempo para conviver com todos os cantos do Mundo. Um lema tão simples, mas que tanto diz… Permanecer “Enraizados e edificados em Cristo, Firmes na Fé”: o objectivo principal de todos quantos participaram neste encontro, de forma a fortalecer, partilhar e melhor compreender a fé cristã, numa coesão universal entre os jovens. A oração, tanto conjunta como individual, foi, sem dúvida, indispensável, pois torna essa fé forte e consistente. Pessoalmente, é essa a chave para estar em contacto com Deus e foi o auge destas JMJ. Porém, nem sempre é fácil encontramo-nos verdadeiramente com Ele, por isso é que, quando nos encontramos verdadeiramente, nos é tão especial. E as JMJ foram uma grande oportunidade para este encontro pessoal e próximo com Cristo, também na oração. Esta oportunidade é-nos continuamente oferecida e nunca deveria ser rejeitada, se é realmente Ele a quem queremos seguir.
Esta foi uma experiencia única de vida, não só porque nos enriqueceu culturalmente, mas também, e principalmente, porque vivemos dias e momentos que nos tocaram e fizeram chegar ao coração a mensagem de Jesus, através do Papa, e com a qual podemos partilhar entre os jovens que crêem no mesmo Deus. No fundo, é festejar a fé cristã, poder alimentá-la e partilhá-la. É sentir uma alegria profunda e uma paz pura a bater cá dentro; é ter vontade de falar a toda a gente e querer dar-lhes testemunho; é querer seguir Aquele que se fez pequeno entre nós, sendo o Todo-poderoso; é sentir vivamente o Dom de Deus e aceitá-lo de todo o coração.

Edson Monforte, Caminheiro - A JMJ me fez viver de maneira que a minha própria presença não seja notada, mas que a minha ausência seja sentida, fazendo-me entender que tudo o que é bom dura o tempo necessário… jamais esquecerei!!! Vi que cada minuto na minha vida que passei com raiva, foram sessenta segundos de felicidade que perdi! E sendo Deus que nos dá coragem para aceitar as coisas que não podemos mudar, coragem para mudar o que pudermos e sabedoria para distinguir uma coisa da outra... tornei-me mais firme.
Ao confessar-me, vi que a confissão das más acções é o primeiro passo para a prática de boas acções, notando que o futuro mais brilhante sempre estará baseado num passado esquecido; nós só teremos sucessos na vida quando esquecermos os erros e as decepções do passado… e trabalharmos para construir um futuro melhor. Obrigado!!!

Jorceley Neto, Caminheiro - Antes de mais, obrigado pela oportunidade de expressar o que senti nas Jornadas. Gostei muito da experiência, vivi coisas que nunca tinha vivido, reforcei a minha fé, partilhei e recebi ajudas. Tornei-me uma pessoa diferente do que era dias atrás, antes das Jornadas. Gostei de caminhar em grupo, na conquista de um só objectivo. Eu pude tirar muitas coisas boas das jornadas para enriquecer a minha vida, pois vivi as maiores emoções da minha vida… agradeço principalmente a Deus e também a todos que contribuíram para o sucesso dessa grandiosa jornada. Obrigado...

Depois de acompanharmos estes jovens e ouvirmos o seu testemunho, concluímos que valeu a pena o enorme esforço efectuado pelo Agrupamento, unido no objectivo de fortalecer e renovar a relação pessoal dos seus escuteiros com Cristo, fonte da Fé que dá um sentido e conteúdo único ao nosso movimento. Voltaremos a reunir o grupo de participantes da nossa Diocese numa celebração de partilha e festa, em Fonte Cova (englobada no programa da Festa de Fonte Cova – Celebração Jovem, Sexta-feira, 9 de Setembro)… e convidamos todos a estar presentes para assim sentirem, partilharem… e quem sabe deixar-se contagiar pela nossa alegria!

Obrigado a todos quantos nos apoiaram – todos os escuteiros que não puderam participar, pelos mais variados motivos, mas contribuíram com um esforço activo, os pais e amigos dos participantes, todas as pessoas e instituições que nos deram palavras de alento e coragem, que nos compraram um pão ou um bolo (etc), que nos deram um donativo, enfim, a todos aqueles que de alguma forma nos acompanharam – bem ajam. E contem connosco… Sempre Alerta para Servir 😉

Eliana Gomes, Vanessa Sobreira, Edson Monforte, Jorceley Neto, Helena Pedrosa

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